Foto: Universal Pictures / O Zoológico de Varsóvia / Divulgação |
O Zoológico de Varsóvia (2017), é uma adaptação maravilhosa de um grande livro de sucesso de Diane Ackerman, que conta história real de heroísmo cativante de Jan e Antonina Zabinski, um casal Polonês, que em meio à Segunda Guerra Mundial, durante um massacre de ocupação nazista, conseguiram salvar centenas de judeus e animais em seu zoológico. E se você acha que o filme tem o ar um tanto previsível, e que quando pensamos que A Segunda Guerra Mundial já foi muito explorada de todos os jeitos no cinema, acredite em mim, sempre haverá mais histórias boas como esta, para serem contadas.
Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, o marido de Antonina, Jan, era diretor e organizador do Zoológico de Varsóvia, um dos maiores zoológicos da Europa na época. Durante a ocupação da Polônia, ele também ocupou o título de superintendente dos parques públicos da cidade. Seu trabalho nos parques deu-lhe a oportunidade de entrar no gueto de Varsóvia para inspecionar a flora local, enquanto se conectava com amigos e colegas judeus antes da guerra, para ajudá-los a escapar.
O filme retrata detalhes reais vividos pelos personagens na época, mas mantém um foco direto no casal, principalmente em Antonina, que além de estar envolvida em pontos importantes da história, ao longo do filme, ela se torna muito mais do que uma figura de bem, uma parceira atenciosa, uma mãe amorosa, e, depois que a ocupação começa, uma pedra firme de esperança para os muitos judeus que foram abrigados nos porões do zoológico. A ideia do diretor seria fazer um filme “conscientemente feminino” do Holocausto, concentrando-se em detalhes visuais e experiências emocionais que geralmente passam despercebidas no gênero.
Grande parte do filme se passa dentro do zoológico, é lá onde o casal se une para resgatar alguns judeus do Gueto através da remoção de restos de alimentos que seriam dados aos animais no zoológico, o filme também não traz muitos diálogos grandes (o que causa um certo suspense na maioria das cenas) e são poucos os judeus que tem tempo para estabelecerem alguma presença importante como personagens, talvez a mais significativa seja uma adolescente que chega aparentemente traumatizada.
Algumas partes são difíceis de digerir e acredito que jamais havia visto cenas devastadoras expostas em outros filmes, tais como crianças sendo carregadas nos trens, algumas tendo consciência outras não, que estão indo de encontro ao seu destino final. Mas também há cenas repletas de simplicidade, como um ritual noturno criado para que os judeus pudessem sair um pouco do porão para socializar nas áreas comuns da casa.
Apesar da história ser em alguns aspectos possivelmente semelhante a outras histórias sobre A Segunda Guerra e/ou o Holocausto, não há como negar que foi um desafio ao casal diante da tirania, discriminação e também insurgência política, arriscar suas próprias vidas pelo próximo, não é por menos atualmente o casal é reconhecido entre os Justos Entre as Nações pelos seus atos heroicos.
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Wilgna Maria Melo Costa, CRP - 22/02863, Psicóloga, especializada em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico, com curso de extensão em TDHA e Desenvolvimento Humano. Atua com base na Terapia Cognitivo Comportamental e oferece atendimento para todas as idades. Instragram: @wilgnamelo |
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