Foto: Walt Disney /Frozen, Uma Aventura Congelante / Divulgação |
Frozen, o filme da Disney que estourou bilheteria em 2013 e ganhou continuação em um longa-metragem em 2020, foi aclamado pela crítica e pelos fãs por diversas questões, dentre elas por ser um filme de princesa em que o “felizes para sempre” não envolve um príncipe. Apesar disso, “Frozen, Uma Aventura Congelante” tem romance para aquecer os corações dos fãs que gostam de ver cenas de casais apaixonados. Esse artigo se propõe a fazer uma pequena reflexão sobre um dos romances de “Frozen, Uma Aventura Congelante” (2013), com base na "teoria triangular do amor" do psicólogo americano Robert Stemberg.
Anna estava lá, "presa" dentro dos portões do castelo por uma "eternidade", e quando, enfim, ela sai esbarra com alguém esbelto, bonito, que completa seus sanduíches. Depois de risos e conversas, seus sonhos parecem ganhar cor e ela está por um romance a suspirar. Esse forte desejo romântico associado a vontade de estar com o outro que Anna sentiu por Hans é a paixão.
Depois de risos e conversas, Hans e Anna ficam noivos. O noivado dos dois é um compromisso, existe uma decisão de permanecerem juntos, compartilhando os sonhos conversados. Entretanto, apesar dessa decisão, Anna e Hans ainda não se conheciam, não tinham intimidade, apego ou vínculo.
Quando existe paixão e compromisso em um relacionamento, mas falta intimidade, pode-se nomear essa relação de amor fugaz. O combustível do amor fugaz de Anna por Hans é o desejo de viver um romance a suspirar. Apaixonada, Anna o vê bem do jeito que sonhou e isso é suficiente para ela aceitar o pedido de casamento.
O que leva Hans a pedir Anna em casamento é o interesse dele no trono. Apesar de ser príncipe de um reino vizinho, ele é o caçula de 13 irmãos. Dessa forma, suas chances de ascender a rei em seu próprio reino são muito baixas. Sendo assim, Hans não nutre por Anna nenhum tipo de paixão, mas a vê como uma oportunidade para realizar seu sonho de ser rei.
Movido por esse desejo de ser rei Hans se compromete com Anna. Quando a união é mantida unicamente pela responsabilidade no compromisso, nomeia-se amor vazio. E como o interesse de Hans era mesmo no trono, quando ele percebe uma oportunidade de reinar sem Anna ao seu lado ele a agarra e deixa a noiva para morrer friamente. Depois que Anna é salva, o noivado é desfeito e o príncipe é banido de Arendele, deixando a princesa livre para um novo relacionamento.
Na nossa sociedade existe uma visão romântica do amor, principalmente do amor em contos de fadas, “Frozen, Uma Aventura Congelante” nos permite refletir que não existe apenas um tipo de amor. Dentro de um mesmo relacionamento as pessoas podem amar de formas diferentes. Se um relacionamento não deu certo não quer dizer que não ouve amor, quer dizer que o amor vivido deixou de corresponder aos desejos e expectativas dos envolvidos.
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| Alyne Farias Moreira, brasiliense do quadradinho, mas refugiada entre a beira do Araguaia e a sombra da Serra Azul. Mãe da Cora Linda, psicóloga, CRP 18/02963, equoterapeuta, professora e palestrante. Apaixonada pelo desenvolvimento humano e por psicanálise.
Contato: (66) 99224-9686 Instagram: @vir_a_ser_Alyne
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