Foto: Diamond Films / Vidas à Deriva / Divulgação |
Todo mundo sonha com uma história de amor e em poder viver uma aventura na vida, se puder ter os dois então, melhor ainda! Assim é a história desses dois espíritos aventureiros - Tami e Richard - que se conheceram no Taiti e foram unidos pela mesma paixão pelo mar.
Tudo começa quando um casal de amigos de Richard os faz uma proposta: que Richard e Tami façam o favor de levar um iate do Taiti até a Califórnia. Eles veem neste pedido uma oportunidade de fazerem uma viagem romântica e decidem realizar esta turnê a bordo do iate Hazana.
Todavia o que era para ser um passeio tranquilo acaba se transformando em tragédia quando eles são atingidos pelo agressivo furacão Raymond, classificado em nível 4, com ventos de 209 a 248 km/h e a elevação do nível do mar de 3,9 a 5,5 metros.
Após o acidente, Tami recobra a consciência e se encontra no cenário pós-tragédia. Machucada, ela percebe que seu parceiro sumiu e ela está sozinha à deriva em um iate parcialmente destruído, capaz apenas de flutuar.
A história, baseada em fatos reais, demonstra a força de uma mulher que, além de enfrentar a morte de perto, passou quarenta e um dias em alto mar suportando a força e as intensas reações do Oceano.
Durante o filme, presenciamos a história do casal: como se conheceram, os acontecimentos na vida dos dois, como se apaixonaram, o que conquistaram juntos e os fatos que levaram com que eles estivessem no barco e fazendo aquela viagem.
A jornada de sobrevivência de Tami é emocionante, e nos possibilita perceber seu crescimento como pessoa e como sua força cresceu com o passar dos dias. Não dá para amenizar sua dor, sua fraqueza como ser humano, que pensa muitas vezes em se entregar a vastidão do mar. Sendo guiada pela voz que não a deixa esmorecer, aumentando sua coragem e o sentido de permanecer viva.
Vemos as cenas se desenvolvendo e o desamparo total ao qual a personagem vai ficando submetida. Enclausurada no iate, sem suprimentos, sem possibilidades de resgate. O filme retrata o ser humano sendo oprimido inexoravelmente pela natureza; tendo que lidar com uma situação de complexidade tão grande quanto o furacão que atacou o iate.
Sem preparo, sem possibilidade de resgate ou de ação além da busca pela sobrevivência dia após dia. Sem perspectiva, Tami registra em um diário o desespero e a angústia para se manter firme contando apenas com a vontade de viver.
Tami, ao compartilhar sua história, nos faz pensar na situação de estar à deriva: sem rumo, perdida em um oceano sem terra à vista; sozinha, sem poder contar com ninguém além de si mesma; com os planos frustrados e coisas acontecendo fora do planejamento, do controle. Essa sensação acarreta pensamentos de desesperança e pode ser pesada e desestruturadora. Assim como na história de Tami, a experiência de “estar à deriva” é um marco, daqueles que dividem a vida em antes e depois.
Nesta experiência ela precisou voltar para si, acessar conhecimentos e desenvolver habilidades que, nem mesmo ela sabia que era capaz. Teve que decidir como seriam suas ações dali para frente. Necessitou de encarar a realidade e se concentrar em agir com foco na solução e na sobrevivência. Careceu tirar forças de si mesma para encarar o oceano desconhecido e se guiar pelo terreno inabitado, e mesmo nos momentos mais sombrios, precisou se agarrar na esperança de dias melhores.
Entrar em contato com a história da Tami nos inspira a acreditar que todos temos um potencial de se reinventar e superar as adversidades, pelo menos foi assim que senti. Espero que você sinta o mesmo.
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Cinthia Regina Moura Rebouças, psicóloga, CRP 23/001197, atende em consultório particular, adolescentes e adultos, com ênfase psicanalítica, em Palmas-TO. Possui MBA em Gestão de Pessoas (FGV), experiência como Docente do Curso de Gestão de Recursos Humanos, trabalha na interseção entre psicanálise e Trabalho. Tem experiência em trabalho com grupos, Avaliação Psicológica, na área Organizacional e na Condução de processos de Orientação Profissional.
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